Mississipi. Uma realidade suja, prenhe e mutilada , que nem a mesmo a guerra parece suplantar como contexto... A violência se impõe como linguagem, o seu mundo é assim concebido -, não há o que questionar, não se pode se opor a algo terrífico, uma realidade que precede à própria existência oprimindo-a para uns, negando-a a outros e finalmente suprimindo-a a outros tantos...
É um outro tipo de guerra, uma outra patologia, uma guerra contra o indivíduo, contra a sua unicidade... Os sentidos devem ser combatidos e deformados por dogmas que vicejam na lama das enchentes do Mississipi. Cujos produtos revelam-se nos cânticos dos negros, na sua aculturação e finalmente na sua coisificação, não sem um processo violento, sem nem mesmo qualquer justificativa econômica, material, pois é sistema arcaico baseado na ignorância e na contradição de seus elementos, resultando na conflituosidade radical e bestial como valores de uma cultura da violência que se utiliza da violência (in)diferenciadamente como forma linguagem e nas relações humanas.
Nesse microuniverso, se podemos chamá-lo assim, existe uma plêiade de relações entre os personagens....
Por A.H. Garcia
Nenhum comentário:
Postar um comentário