Leni Riefenstahl, Heidegger ... foram intelectuais cooptados pelo nazismo. Como nosso bom homem, foram pegos pelo ego.
Indivíduos em uma sociedade que se baseava, em seu apogeu, na premissa Darwiniana que só aqueles mais bem dotados sobrevivem. Mais bem dotados nesse caso confunde-se com aparelhados, em uma sociedade essencialmente totalitária cuja propaganda massiva e insidiosa penetrava as mentes das pessoas comuns, deletava os princípios daquelas mais bem informadas e suprimia a existência de todos aqueles que se opunham.
Era-lhe simplesmente impossível continuar no limbo em que se encontrava, rodeado por uma mãe senil e possessiva e uma mulher fria. A vida lhe sorriu justamente no momento em que o nazismo ascendia, com sua juventude e virilidade. Uma nova mulher; nova posição na universidade; reconhecimento acadêmico - a metáfora, é que isto se deveu a autoria de um livro sobre eutanásia, censurado ... sua utilidade funesta certamenta era uma antevisão do genocídio de uma nação.
Um Homem Bom é sobretudo muito mais do que apenas um bom filme.
Por Antonio Henrique Garcia.